O II Festival Oficina da Ópera, com Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Ensemble OSTM, estreia ao público no dia 13 de setembro, às 19h, com a Ópera Candinho, de João Guilherme Ripper, inspirada na infância de Candido Portinari. No papel de Portinari já adulto, atuando como narrador, Ludoviko Vianna que durante toda a ópera mostra, de forma bem poética, as memórias do menino “Candinho”, em Brodowski, sua cidade natal.
” A sensação de vivenciar esta experiência no palco do Municipal, contando a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos é única, inesquecível e me coloca num patamar que jamais imaginei. E eu pude sentir em cena várias semelhanças entre a infância de Portinari e a minha”, comenta o ator Ludoviko Vianna.
A maquiagem de Candido Portinari, feita pelo caracterizador do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Antonio Ulysses Rabelo, é inspirada no autorretrato de Portinari.
” A ideia é fazer uma homenagem ao próprio personagem como se estivesse dando vida às pinturas dele. A maquiagem será inspirada nas cores que ele usava nas peles de suas pinturas como a Nossa Senhora do Carmo, o Santo Antônio e tantos outros personagens que ele pintou ” – ressalta Ulysses.
Na foto abaixo, além de Ulysses e Ludoviko, o diretor cênico da ópera, Daniel Salgado, que participa do Festival Oficina da Ópera pela segunda vez. No ano passado, ele assinou a concepção e direção de outra ópera brasileira: O Caixeiro da Taverna, de Guilherme Bernstein.
O elenco de Candinho é formado por jovens cantores e pelas crianças do Coral Infantil da UFRJ. A regência será de Roberto Duarte. Segundo o compositor, “entre brincadeiras de criança, primeiros amores e poesias, mergulhamos ainda mais fundo na história de vida de Portinari” – completa Ripper.
O Festival terá ainda mais duas óperas no Theatro Municipal, La Serva Padrona, de Giovanni Battista Pergolesi, nos dias 14 e 15 e Le Villi, de Giácomo Puccini que será realizada em 19,20 e 21 de setembro.