Em alusão ao Dia Mundial da Água, programa Educativo Itinerante Monet leva obras do artista às escolas públicas do Rio de Janeiro

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Tornar a arte acessível para crianças e jovens. Esse é o principal objetivo do programa “Educativo Itinerante Monet”, que já percorreu 8 estados e atendeu mais de 62 mil pessoas desde que começou a levar para escolas públicas uma experiência com óculos de realidade virtual que dá acesso às obras do mestre do impressionismo Claude Monet em sua relação com a água. O programa oferece ainda atividades que podem ser replicadas por educadores e estudantes como extensão da vivência com o digital. Nessa retomada à cidade do Rio,  o projeto vai atender mais de 2.500 estudantes de nove escolas.

As atividades vão acontecer na semana do Dia Mundial da Água, elemento marcante nas telas do pintor francês, que retratou paisagens de margens de rios, lagos e mares. A primeira parada acontece no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) Compositor Donga, em Taquara, no dia 18/03. No dia 19, será no CIEP Rubens Paiva, no Curicica. Na sequência, vem os CIEPs Luiz Carlos Prestes (20), Joaquim Fontes (21) e João Batista dos Santos (22), na Cidade de Deus. Na semana seguinte às escolas contempladas são da esfera municipal: Embaixador Ítalo Zappa em Vargem Pequena (25), Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Ruth Cardoso no Recreio dos Bandeirantes (26) e a escola Cláudio Bersseman Viana em Rio das Pedras (27).

A curadoria do projeto proporciona aos estudantes uma viagem pelas cores, luz e mundo de Claude Monet. Sequências de animação digital em 2D e 3D vão dar movimento às obras-primas de um dos gênios da pintura. Os alunos vão contemplar os quadros por meio de um conteúdo 100% brasileiro.

O programa foi estruturado em duas etapas: a primeira contou com a elaboração das atividades e a segunda por levar a experiência às escolas.

“A equipe de campo, que vai até as unidades de ensino, conta com educadores com larga experiência na realização de estudos do meio, enquanto a equipe de criação foi formada por um grupo multidisciplinar de educadores com vasta experiência docente no ensino público e privado, em espaços formais e não-formais de arte-educação e atuantes na produção de livros didáticos e na formação de professores”, explica o coordenador pedagógico do programa Paulo Crispim.

As atividades elaboradas tiveram como premissas a simplicidade, a interdisciplinaridade e a pluralidade sociocultural, alinhadas com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos cinco Rs da Sustentabilidade e da Agenda 2030. “As atividades foram estruturadas de forma a colocar professores e estudantes como protagonistas no processo de ensino e aprendizagem, oferecendo uma paleta de propostas práticas e ideias criativas, com possibilidades de desdobramento, inspiradas em quatro eixos curatoriais, que são água, luz, tempo e território”, acrescenta Crispim.

Assim como acreditava Monet, os organizadores do programa também acreditam que cultura e educação caminham juntas. “Uma não existe sem a outra. A gente não educa se não tiver uma dimensão cultural. E a gente também não conhece essa dimensão cultural, se não tiver um pé na educação”, finaliza Paulo Crispim.