Fecomércio RJ vê como retrocesso o retorno da exigência de visto para cidadãos dos EUA, Canadá, Japão e Austrália

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“Revogar uma medida que sequer foi efetivamente experimentada constitui-se num contrassenso. A exigência do visto para estrangeiros é na prática um retrocesso que vai prejudicar nossa economia”, adverte o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, que vem acompanhando com apreensão as notícias sobre o tema. “Além de dois anos em profundo refluxo do turismo em nível mundial, o Brasil não investiu na divulgação deste benefício aos cidadãos e operadores de viagens destes respectivos países, assim como não empreendeu investimentos na promoção de nossos atrativos turísticos nos principais mercados emissores de turistas no mundo”, ressalta o líder empresarial. 

A decisão impacta o setor de turismo nacional exatamente no momento em que o trade turístico retoma as atividades no receptivo internacional. E, certamente, vai atrapalhar a expansão do fluxo aéreo destes mercados para o Brasil. 

Os quatro países afetados pela medida respondiam, até a pandemia, por mais de 800 mil turistas entrando no Brasil anualmente. 

Para o Rio de Janeiro, um dos grandes destinos turísticos do mundo, a medida traz um prejuízo em especial: cerca de 34% dos turistas estrangeiros visitam a nossa capital, sendo que boa parte desse fluxo se estende também às principais cidades turísticas do estado, como Paraty, Búzios e Petrópolis. 

Entre o simbolismo de uma suposta soberania nacional ou o entendimento das questões de um setor produtivo que representa cerca de 10% dos empregos gerados em nosso país, o Itamaraty infelizmente optou pelo caminho de uma decisão equivocada, distante da economia real do Brasil, e que terá como efeito prático prejudicar a população brasileira e os estados cuja economia está diretamente atrelada ao turismo. 

“Reivindicamos, portanto, que o Itamaraty reveja essa proposta que, a rigor, atrapalha o desenvolvimento do turismo brasileiro.”

 

 

Sobre a Fecomércio RJ

Reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro. Desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 330 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 68% dos estabelecimentos, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais, que equivalem a 60% dos postos de trabalho no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.