Formar e qualificar jovens em situação de vulnerabilidade social na área de programação. Essa é a proposta da política pública que está sendo lançada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) do Rio, batizada de Programadores Cariocas. A iniciativa, realizada junto a instituições previamente selecionadas, é destinada a refugiados e egressos da rede pública com ensino médio completo, com prioridade para negros, mulheres e trans. A meta é formar cinco mil profissionais nos próximos três anos, sendo 850 com bolsa integral.
Quem receber uma das 4.150 bolsas parciais (50% de desconto) só pagará o valor restante após a conclusão do curso e, caso não consiga emprego em até cinco anos, a instituição parceira assumirá o custo. Os matriculados terão direito a auxílio financeiro de R$ 500 por mês e a um computador. As aulas serão presenciais, durante seis meses (400 horas).
Para fazer a matrícula é necessário morar na cidade do Rio, ter entre 17 e 29 anos e ensino médio completo e ser oriundo da rede pública. As vagas serão preenchidas por pessoas que comprovem vulnerabilidade, com base no Índice de Desenvolvimento Social (IDS) calculado pelo Instituto Pereira Passos. Refugiados não precisam ter estudado em escola pública, nem estar dentro do IDS.
No próximo mês será publicado um edital para selecionar as instituições de ensino parceiras. A previsão é que os interessados possam se inscrever no site em maio, com a primeira turma iniciando as aulas em junho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o setor de tecnologia da informação tem crescente empregabilidade, mas faltam profissionais: há 24 mil vagas no país não preenchidas, anualmente.