Volta e meia o mundo do entretenimento nos apresenta um novo e marcante nome da comédia, ou um expoente do drama em franca ascendência. Raros são aqueles que conseguem se sagrar interpretando tanto o riso quanto o choro durante cinco décadas. Isso nunca foi problema para o ator, diretor e produtor Pedro Paulo Rangel, destaque no teatro, na TV e no cinema ao transitar nos últimos 50 anos com facilidade entre os mais diferentes gêneros e interpretar memoráveis personagens de forma única. PP, como gosta de ser chamado, será o próximo convidado do mês de junho do projeto Depoimentos para a Posteridade do MIS / Museu da Imagem do Som – equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O evento acontece na tarde desta quarta-feira (26/06), às 14h, na sede da Praça XV. Na mesa de entrevistadores estarão João Carlos Rodrigues (escritor, pesquisador e jornalista), Luciana Medeiros (jornalista), Marieta Severo (atriz) e Moacir Chaves (diretor teatral). Vale lembrar que o auditório tem capacidade para 50 pessoas, por isso é bom chegar cedo para garantir o lugar. A entrada é franca.
Pedro Paulo nasceu na Usina, bairro da zona norte do Rio, em 29 de junho de 1948, e escapou do desejo dos pais – que sonhavam em ver o filho como Oficial de Marinha – ao conhecer o teatro amador com 11 anos. Logo fez do ator Marco Nanini um amigo de palco e de curso, e juntos estudaram no Conservatório Nacional de Teatro. Após sua estreia no teatro profissional em 1968, com “Roda Viva”, escrita por Chico Buarque e dirigida por José Celso Martinez, sua carreira nos palcos deslanchou.
Já sua estreia na TV foi na Tupi em 1970, com a novela “Super Plá”.
Faria, na sequencia, atuações memoráveis nas novelas “Gabriela”, em 1975, quando protagonizou o primeiro nu masculino da televisão brasileira, e na novela “O Noviço”, do mesmo ano, onde teve seu primeiro papel como protagonista. A partir da década de 1980, destacou-se interpretando diversos personagens humorísticos em clássicos da TV brasileira como “Viva o Gordo” (1982) e “TV Pirata”
(1988).
Revezando-se entre os palcos e a TV – da qual chegou a ficar afastado por oito anos – Pedro Paulo foi acumulando papeis marcantes ao longo da carreira. Após o hiato das telas, retornou em novelas como “Vale Tudo” (1988), “Pedra sobre Pedra” (1992), “A indomada” (1997), “O cravo e a rosa” (2000) e “Belíssima” (2005). Também possui no currículo diversas minisséries, como “O sorriso do Lagarto” (1991), “Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados” (1995) e “Os Aspones”
(2004).
Em 50 anos de carreira, foram dezenas de prêmios, em especial três Molière, conhecido como ‘Oscar’ do teatro brasileiro. Atualmente está em cartaz com a peça “O Ator e o Lobo”, um monólogo com leitura das crônicas do autor português António Lobo Antunes e direção de Fernando Philbert.
Em 1966, o MIS-RJ, inaugurou o projeto Depoimentos para a Posteridade, inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material, gravado em áudio e vídeo, de figuras notáveis, como Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Fernanda Montenegro, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Nelson Motta, Ary Fontoura, Antonio Fagundes, Nicete Bruno, Zezé Motta, Neguinho da Beija-Flor, Zeca Pagodinho, Paulo César Pinheiro, Daniel Filho, Geraldo Azevedo, Dori Caymmi, Zé da Velha, Riachão, Antonio Cicero, Ronaldo Bastos, Paulo Barros, Roberto Menescal, Cesar Villela, Joyce Moreno, entre outros. Vale lembrar que todas as gravações ficam à disposição do público, nas salas de consulta do MIS,
48 horas depois do término da entrevista.
SERVIÇO
Ator Pedro Paulo Rangel dá o seu depoimento para a posteridade no MIS
Local: Museu da Imagem e do Som do RJ – Praça Luiz Souza Dantas, 01, Praça XV/RJ
Tel: (21) 2332-9499
Data: 26 de junho de 2019 (quarta-feira)
Horário: 14h
Entrada franca
Censura: Livre