A mostra “Cartografias da Africanidade Fluminense” teve sua cerimônia de abertura nesta segunda-feira (05/11), na Casa França-Brasil, que pertence a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.
A cerimônia contou com a presença do Governador do Estado, Pezão, que assinou os documentos para o tombamento do Cais do Valongo. “É um prazer pra mim, nesse dia, estar assinando esse tombamento. Estar tornando o Cais do Valongo um patrimônio também do Estado” afirmou o Governador.
A exposição, que tem entrada franca e conta com o machado que esquartejou Tiradentes, manuscrito aquarelado do Morro do Castelo, gravuras de Rugendas, litogravuras de Victor Frond, Debret, cerâmicas e instrumentos de tortura de humanos escravizados, fica na Casa França-Brasil até a data de 20/11, como celebração do dia da Consciência Negra. A mostra, é um lote de 500 raridades feitas entre os séculos XVI e XIX e é coleção particular do historiador Marcus Monteiro, presidente do Inepac.
A inauguração teve a presença também de Leandro Monteiro, Secretário de Cultura, Wagner Victer, Secretário de Educação, Frei Tatá, que é Superintendente de Promoção de Políticas de Igualdade Racial de São João de Meriti, Sandra Brandão, que é Diretora Executiva do Centro Ilê Axé Opô Afonjá, da Carnavalesca Maria Augusta e de muitos outros nomes do âmbito cultural. “Aqui nós temos a nata da cultura estadual, a nata da cultura do Rio de Janeiro” disse, Pezão.
“Cartografias da Africanidade Fluminense” é uma coleção que homenageia e valoriza a descendência africana e afro-brasileira, que chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pela escravidão africana na época do tráfico transatlântico de escravos. Nos dias de hoje, com tanta repressão e preconceito, a mostra foi vista como um ato de militância, resistência, de extrema importância para a cultura do país. E como foi dito pelo proprietário da exposição, Marcus Monteiro: “Fizemos história”.